No desdobramento sombrio do passado,
Erguem-se as sombras que obscureceram a jornada,
Trazendo consigo o eco dos lamentos antigos,
Sussurros sepulcrais em sinfonia macabra.
No desdobramento sombrio do passado,
Erguem-se as sombras que obscureceram a jornada,
Trazendo consigo o eco dos lamentos antigos,
Sussurros sepulcrais em sinfonia macabra.
Na ausência de uma essência definida, a transcendência ao deixar de existir resulta em uma transformação inexistente.
A busca por ocupar espaços efêmeros reflete a futilidade de uma existência vazia.
A suposta dor da partida é questionada, despojando mitos sobre paraísos e salvação como ilusões.
A vida eterna é desmistificada como um vazio, e a inexistência é aceita como a verdade fundamental.
A insignificância existencial permeia a compreensão de que nada somos, nada existe, e o vazio da escuridão sempre prevalecerá.
Neste quarto escuro, pondero sobre a ideia de cessar a existência,talvez seja um momento de fragilidade ou uma convicção sem sentido de perseverar.
Todas as coisas se revelam monocromáticas e desprovidas de esperança, a ponto de não haver razão para prosseguir.
Contudo, isso pode ser apenas um devaneio momentâneo, sussurrando para que eu continue.
As memórias, emissárias da saudade, acariciam antes de ferir, como o silêncio da madrugada.
Amiga inicial, revela-se algoz, portadora da solidão, cruel e avassaladora; resta apenas a desesperança.
Questionar o existir torna-se necessário, mesmo que o destino nos negue.
Em desolação, permanecem as memórias, fragmentos de um passado que não ressurgirá.
No auge da minha terceira década, vislumbro a veracidade de
suas previsões,
As folhas caem ao sopro do vento.
Pessoas surgem e desvanecem, Semblantes alegres escondem os seus profundos tormentos internos.
As lágrimas, silenciadas, evitam macular a fachada fictícia de felicidade.
O declínio se insinua e a angústia cresce de forma inexorável.
Por que persistir, indago?
Nada mais detém sentido, não há razão para prosseguir nessa jornada desvanecida.
Recuso a prosseguir.
Notas já não ecoam como antes, os sons só me transportam à obscuridade.
O que resta é o silêncio, em sua penumbra, oferecendo-me a cura, Miragem!
A solidão, outrora amiga, tece meu único vínculo, a dor.
A agonia se aprofunda, o próprio aroma da morte se insinua.
Aproxima-se o instante de despedida; carece apenas coragem, um ato de ousadia!
Por quanto tempo ainda sustentarei tal padecimento?
Falta ar ao caminhar.
Visão turva do ser,
Propõe a incapacidade de enxergar,
A real direção.
Sede em mar aberto,
As chaves estão inalcançáveis.
Cansado de tentar entender,
Ao caminhar, o suor queima,
Escurece e não se pode ver.
Três estalos,
Cascalhos e poças de barro,
Com os pés sujos,
As marcas já não são vistas.
Agora, a esperança se desfez,
Sem tempo de esperar,
Outra hora possa me despedir,
Despido de alma,
Já não se pode suportar.